6 de junho de 2012

Fontes de poluição aquática




Fontes de poluição aquática

A água encontra-se poluída quando há uma alteração das suas características, inviabilizando a sua utilização.




 

 




Poluição das águas superficiais
As águas superficiais conseguem recuperar rapidamente de descargas de matéria orgânica oxidável ou de poluição térmica.
 Esta capacidade está relacionada com a capacidade de diluição e com a decomposição bacteriana.


 



No entanto, esta autodepuração tem limites:
- É afectada por uma drenagem parcial de água;
- É afectada por uma descarga poluente excessiva;
      - Materiais não biodegradáveis não são eliminados. 


Poluição das águas subterrâneas

A água subterrânea constitui a principal fonte de água para consumo humano directo.


 








 



Contrariamente ao que acontece com as linhas de água superficiais, a água subterrânea, quando contaminada, não consegue autodepurar-se de resíduos desagradáveis.


 


Possui um movimento muito mais lento;
Possui populações muito menores de bactérias decompositoras;
É mais fria (abrandamento das reacções químicas de degradação dos resíduos).


Poluição dos oceanos 


O oceano possui uma elevada capacidade de diluição e de dispersão, mas a sua capacidade autodepuradora não é infinita.





Eutrofização



A eutrofização resulta da acumulação em excesso de nutrientes (principalmente azoto e fósforo) nos ecossistemas aquáticos.
Origem:
  
- Aumento da população humana e utilização massificada de determinados produtos;
- Recurso a fertilizantes nas práticas agrícolas intensivas;
- Descargas de efluentes industriais.


                                                                                                                


                                                                                                                          Baixos níveis de nutrientes
                                                                                                         Crescimento limitado do fitoplâncton.
                                                 Água límpida.
Elevada biodiversidade.






Aumento da concentração de nutrientes
Desenvolvimento do fitoplâncton.
Aumento da turvação.
Redução da comunidade vegetal submersa.



Elevada concentração de nutrientes
Crescimento rápido do fitoplâncton.
Acumulação de detritos e algas mortas.
Redução do oxigénio dissolvido
Redução da biodiversidade.














                                                              Eutrofização natural

Representa um processo demorado associado à evolução natural dos ecossistemas.
 Exemplo - lagos e albufeiras recebem escorrências ricas em nutrientes e sedimentos erodidos dos terrenos circundantes.







Eutrofização cultural 


Representa um processo de eutrofização acelerado.
 Ocorre em ecossistemas aquáticos próximas de zonas urbanas ou agrícolas, onde ocorre um aporte de nutrientes originados pelas diversas actividades humanas.








Parâmetros da qualidade das águas


Parâmetros físicos: cor; turvação; temperatura; sólidos; sabor; odor. Estes parâmetros são avaliados através de escalas próprias. 
Parâmetros  químicos: salinidade; dureza; alcalinidade; teor em ferro; teor em nitratos; teor em matéria orgânica. Estes parâmetros são  avaliados em termos de concentração (mg/L).
Parâmetros biológicos: São avaliados pela densidade populacional de determinados organismos.


Carência bioquímica de oxigénio:
    - Este parâmetro é utilizado para avaliar a quantidade de matéria orgânica oxidável na água.
   - Representa a quantidade de oxigénio dissolvido que as bactérias decompositoras necessitam para degradar a matéria orgânica de um determinado volume de água durante um período de incubação.
    - Geralmente, utiliza-se um período de incubação de 5 dias, a 20º C, obtendo-se, assim, a CBO 5 .




Tratamento das águas residuais

As águas residuais representam águas que foram utilizadas em actividades domésticas, industriais ou agrícolas e que contém uma grande variedade de resíduos.
 O tratamento destas águas é feito em estações de tratamento, denominadas abreviadamente como ETAR.
 Numa ETAR as águas são sujeitas a tratamentos que removem os poluentes e o efluente final é devolvido ao ambiente.
Numa ETAR os efluentes estão sujeitos a três níveis de tratamento. 


ETAR – Tratamento primário

Conjunto de processos mecânicos para remoção de materiais sólidos de grandes dimensões (paus, pedras, trapos, etc.). Nesta fase também se realiza uma decantação para eliminação de grandes parte da matéria em suspensão.


ETAR – Tratamento secundário


Conjunto de processos biológicos que eliminam 90% da matéria orgânica dissolvida. São utilizadas bactérias aeróbias ou anaeróbias.
               Posteriormente existe uma decantação.
               Neste processo são usados tanques de percolação ou tanques de lamas activadas.

Nos tanques de percolação as águas percorrem um leito de gravilha fina, recoberto por organismos decompositores.
 Nos tanques de lamas activadas, as águas são bombeadas para um tanque aerificado onde são misturadas com lamas que possuem bactérias decompositoras.








As águas residuais passam, em seguida, para um tanque de decantação, onde se dá a deposição das lamas e dos microrganismos em suspensão.
   As lamas que são produzidas no tratamento primário e secundário são transformadas transformando-se em lodos tratados.



 



 As principais técnicas utilizadas no tratamento das lamas são a digestão anaeróbia, estabilização química com cal, compostagem, secagem térmica e eliminação por incineração.


ETAR – Tratamento terciário


São realizados tratamentos físicos e químicos que conduzem à remoção de nutrientes, de poluentes específicos (DDT, compostos orgânicos específicos, etc.), bactérias e sólidos suspensos.
Este processo raramente se realizar, uma vez que é muito dispendioso.









Serve para remover poluentes específicos.






      

RESUMINDO




ALTERAÇÕES NA ATMOSFERA TERRESTRE



Desde a Revolução Industrial do século XVIII tendo a atmosfera terrestre sofridos enormes alterações desde então, mas só na década de oitenta é que se tomou consciência dos impactos causados. O enriquecimento da atmosfera em gases vestigiais como o CO2 e os derivados de enxofre e azoto é, essencialmente, provocado por causas humanas como:


 - Indústria Automóvel

- Indústria Agrícola 


 - Indústria Têxtil


 - Queima de combustíveis fósseis (transportes)




Todas estas actividades têm efeitos nocivos para o ambiente, sendo eles:



 - Aumento do Efeito de Estufa


 - Diminuição da Camada de Ozono


 - Chuvas Ácidas


 - Smog


 - Aparecimento de ozono no solo (baixa troposfera)







AUMENTO DO EFEITO DE ESTUFA




Caso o efeito de estufa não existisse, a vida na Terra seria impossível pois é ele que permite o aumento da temperatura média dos -18 graus para uma mais suportável pela casa dos 15 graus.


Porém, a queima de combustíveis fósseis na indústria, no sector automóvel e nas actividades agrícolas e pecuárias tem contribuído para uma rápida e perigosa acumulação de CO2 (dióxido de carbono), CH4 (metano), N2O (óxido nitroso), HFCs (hidrofluorcarbonetos), PFCs (perfluorcarbonetos), SF6 (hexafluoreto de enxofre) e ozono (troposférico) que aumentam efeito de estufa sendo o principal responsável por esse aumento, no caso automóvel, é o dióxido de carbono. Desde 1750, a concentração atmosférica de CO2 aumentou 31% enquanto a de CH4 [3] aumentou em 151%.







MEDIDAS A TOMAR PARA COMBATER OS IMPACTES ATMOSFÉRICOS




Para combatermos todos os efeitos nocivos dos impactes atmosféricos devemos tomar algumas das seguintes medidas:



1 – Utilizar lâmpadas de baixo consumo;


2 – Diminuir o consumo de carnes vermelhas;


3 – Consumir produtos locais;


4 – Evitar o ar condicionado;


5 – Não destrua cobertura vegetal.


6 – Recicle, Reutilize e Reduza.


7 – Poupe energia: desligue aparelhos na tomada.


8 – Poupe água reduzindo por exemplo o tempo de duche, evitar banhos de espuma, máquina
 de secar ou utilizar máquina de lavar sem estar cheia.


9 – Aposte nas energias renováveis.






EM PORTUGAL



Em Portugal, tem-se verificado um aumento da temperatura média de 0,33 graus por década. A temperatura de 2009 ficou 0,9ºC acima dos valores médios. Estas alterações todas levaram a que agora, temos primaveras mais curtas em termos de precipitação, e os Invernos têm alternado entre muito secos e muito chuvosos, verificando-se um agravamento dos fenómenos extremos, como é possível de se verificar caso se efectue um estudo calendarizado sobre as temperaturas actuais.



As fontes de produção de chuvas ácidas são essencialmente:

. A Indústria da Produção Eléctrica – Dióxido de Enxofre.
. A circulação de automóveis – Óxidos de Azoto.



No que toca à degradação de património, os casos mais conhecidos são: o Mosteiro dos Jerónimos (em Lisboa), o Mosteiro de Alcobaça (em Alcobaça) e a Torre dos Clérigos (no Porto).